domingo, 14 de agosto de 2011

Ékev - Energia Semanal de 14/08 a 20/08

Esta semana estamos ligados à Porção Semanal Ékev, que vai de Deuteronômio 7:12-11:25. É deste trecho que vamos tirar algumas lições para esta semana (e para nossa vida).

Ao falar da Terra de Israel, mesmo sabendo que não entraria nela, Moisés constantemente acrescenta um adjetivo a ela, geralmente denominando-a “boa”, como em Deuteronômio 3:25: “Deixa-me passar, rogo-te, e verei a boa terra, que está além do Jordão”.

No entanto, na porção desta semana, ao elogiar a Terra de Israel, Moisés diz duas coisas interessantes: “Porque o Eterno, teu D’us, te traz a uma boa terra, terra de ribeiros de água, de fontes e de abismos que existem nas suas colinas e nos seus montes” e “terra cujas pedras são ferro, e de seus montes poderás extrair cobre”. (Deuteronômio 8:7 e 9).

Uma coisa intrigou os cabalistas: a terra, por mais boa que seja, tem apenas ribeiros e fontes de água, mas não rios. Por mais que seja boa, ela possui apenas ferro e cobre, mas não ouro e prata, os metais mais valiosos e desejados.

Já vimos anteriormente que, do ponto de vista cabalístico, a terra de Israel representa o nível de espiritualidade a que uma pessoa pode chegar. Portanto, o fato de ela não ter certas coisas mostra que, para chegar no nível de espiritualidade, precisamos de uma certa dose de humildade.

A Terra de Israel não possui um rio Nilo que, por meio de suas enchentes, faz o solo ficar fértil e facilmente cultivável. Se o tivesse, o propósito do trabalho espiritual seria perdido. As pessoas ficariam tão deslumbradas com isso que iam transformar o próprio Nilo em divindade (como ocorreu no Egito), esquecendo-se do verdadeiro D’us e da verdadeira espiritualidade.

O mesmo com as pedras. Israel tem pedras de cobre e de ferro, que servem para fazer instrumentos de trabalho e instrumentos do dia a dia. Mas a terra não possui minas de ouro ou prata, que são metais luxuosos e servem ao orgulho e a vaidade humana.

Possuir estas coisas (fisica ou não fisicamente) é se afastar do caminho da felicidade e da realização. Correr em direção aos “rios, ouro e prata” da vida significa fugir da espiritualidade e da riqueza de alma. É assim que o Egito cultuava o Nilo como um deus. Antes, era o Nilo; depois, foi o ouro e a prata; hoje, é o dólar e o petróleo.

Segundo os cabalistas é por este motivo que rios, ouro e prata não são encontrados na Terra de Israel, símbolo máximo da espiritualidade. Possuir tais coisas pode ser, até certo ponto, um desserviço do ponto de vista espiritual.

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